quinta-feira, 22 de maio de 2014

Greve? Oportunidade de prática da Cognição Social.

   Esse canal de comunicação não poderia passar isento por um fato que ocorreu essa semana, a greve dos motoristas e cobradores de SP. A expressão “caiu como uma luva” poderia ser utilizada por nós, se não fosse tão trágica para a maioria da população. A interrupção, de modo voluntário, determinada pelo trabalhador, para reivindicar direitos, protestar contra ameaças ou situações desvantajosas em que são infligidos os direitos trabalhistas estão previstos nas leis trabalhistas e na constituição vigente.

Mas justo hoje?
     Mas ninguém espera que isso vá acontecer as 6 da manhã, justo naquele primeiro dia de trabalho ou no dia da sua consulta médica marcada há 3 meses, não é mesmo? Bem, é aí que entra um conceito estudado na disciplina de Informação e Sociedade. Estamos acostumados com a nossa rotina monótona, corriqueira: acordar, arrumar-se, e tomar o ônibus no mesmo local naquele horário pré-determinado todos os dias, mas e quando o ônibus não passa no bendito horário e os ponteiros do relógio parecem passar mais depressa? Ah! A nossa cognição pira! Tirar o cérebro da zona de conforto e ter que exercitá-lo para assimilar novas alternativas, é um desafio e tanto.
     Em síntese o fator 'cognição social' age no modo como nos posicionamos no nosso mundo social enquanto protagonistas e coadjuvantes, bem como da forma como interpretamos o nosso comportamento e o dos outros, do modo como agimos na sociedade, formando e mudando atitudes e comportamentos.

Os passos
      A primeira parte da cognição social que atua no cidadão é a 'IMPRESSÃO', nessa fase contatamos uma ideia, impressão, imagem do acontecido: “O ônibus está atrasado, esses motoristas são uns irresponsáveis com o horário, será que ele passará a tempo?”. Posteriormente, a “CATEGORIZAÇÃO”. Nessa etapa começamos a organizar os pensamentos e concretizar os fatos para definirmos nossas ações: “Bem, as coisas estavam instáveis. Talvez o ônibus não passe. Quais são minhas alternativas para chegar no trabalho se não for de ônibus?”, e existem três fatores que nos auxiliam nessa etapa sendo elas a motivação, a atenção e as informações que possuímos. E por último a ATITUDE: “Bem, o ônibus não vai passar, preciso fazer algo, vou chamar um táxi ou ligar avisando que não vou”.
     Ou seja, a primeira impressão, aquela que temos “automaticamente” em que nosso cérebro preenche as lacunas sem esforço nem sempre são as corretas. Deve-se as vezes parar e analisar os fatos para enquadrá-los na realidade em que estão. Mas algo nesses fatos não se deve passar despercebido, o tráfego de informação. O primeiro cidadão que logo cedo percebeu que não tinha a condução habitual com um simples “publicar” do celular, transfere sua angustia para seus seguidores. Esses, por sua vez, atentam-se e já compartilham a informação e o famoso efeito cascata acontece e o efeito '‘mundo pequeno’' mostra a sua cara com toda a sua intensidade. O fluxo de informações nas mídias atuais é constante e quase que imediata, na maioria das vezes os telejornais soam repetitivos, aliás, a informação noticiada já fora divulgada e compartilhada horas antes por todos os seus telespectadores. É amigo, o mundo é pequeno e a sociedade um caos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário