quinta-feira, 29 de maio de 2014

Corredores de ônibus-pesquisa

            Continuando com as pesquisas técnicas, resolvemos questionar os alunos da UFABC sobre a questão dos corredores de ônibus e tudo aquilo que os envolvem.
A pesquisa contou com a participação de aproximadamente 70 alunos e contou com divulgação principalmente nos grupos da universidade no Facebook .
Vale ressaltar que a pesquisa ainda está no ar, para todos aqueles que desejarem participar no seguinte link:


Os resultados serão apresentados a seguir:





     A partir dos gráficos é possível notar que a maioria dos usuários do transporte público vê a implantação das faixas de ônibus como algo positivo e observam uma maior demanda por faixas na zona leste de São Paulo, outro ponto interessante que podemos observar é que as respostas quanto ao transito da cidade foram variadas, ou seja, existem pontos na cidade onde as faixas não fizeram diferença alguma ou até mesmo pioraram o transito, já em outros pontos foi notado uma melhora mesmo que pequena. Por ultimo foi abordado a questão do taxis, tendo em vista que os taxis estão realizando um serviço publico, a maioria dos usuários de transporte publico respondeu que concordava com sua proibição porem a diferença entre as opiniões foi pequena, logo podemos perceber o porque deste tema ter causado tanto polêmica.



      





A disciplina de Informação e Sociedade da UFABC sugeriu que os alunos se organizassem pra criar um blog afim de tratar problemas sociais relacionados com a transmissão de informação entre um conjunto de pessoas. Desse trabalho surgiram ótimos frutos, que serão listados a seguir. Vale a pena reservar um tempo para visitá-los.

THE WOLF OF SOCIAL MEDIA




DISSEMINANDO BOATOS




JOGANDO POR UM MUNDO MELHOR




ACESSIBILIDADES TECNOLÓGICAS PARA DEFICIENTES FÍSICOS



O COMPORTAMENTO SOCIAL EM RELAÇÃO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER









terça-feira, 27 de maio de 2014

Comparativo de mortes



Causas de morte pelo Brasil e no mundo

    Dados do Ministério da Saúde, coletados pelo Sistema de Informação Sobre Mortalidade, mostram as causas de morte no Brasil, de acordo com a tabela abaixo;



    Já pelo mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou dados de 2011, mostrando as principais causas de morte pelo mundo, conforme a tabela:



Mortes no trânsito:

    Segundo pesquisa feita pelo Instituto Avante Brasil, o Brasil é o 4º com maior número de vítimas fatais no trânsito, como mostra a tabela a seguir em comparativo com outras nações:


Fontes:
Instituto Avante Brasil: http://institutoavantebrasil.com.br/
OMS: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs310/en/
Ministério da Saúde: http://portalsaude.saude.gov.br/
Sistema de Informação sobre Imortalidade: http://svs.aids.gov.br/cgiae/sim/

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Greve? Oportunidade de prática da Cognição Social.

   Esse canal de comunicação não poderia passar isento por um fato que ocorreu essa semana, a greve dos motoristas e cobradores de SP. A expressão “caiu como uma luva” poderia ser utilizada por nós, se não fosse tão trágica para a maioria da população. A interrupção, de modo voluntário, determinada pelo trabalhador, para reivindicar direitos, protestar contra ameaças ou situações desvantajosas em que são infligidos os direitos trabalhistas estão previstos nas leis trabalhistas e na constituição vigente.

Mas justo hoje?
     Mas ninguém espera que isso vá acontecer as 6 da manhã, justo naquele primeiro dia de trabalho ou no dia da sua consulta médica marcada há 3 meses, não é mesmo? Bem, é aí que entra um conceito estudado na disciplina de Informação e Sociedade. Estamos acostumados com a nossa rotina monótona, corriqueira: acordar, arrumar-se, e tomar o ônibus no mesmo local naquele horário pré-determinado todos os dias, mas e quando o ônibus não passa no bendito horário e os ponteiros do relógio parecem passar mais depressa? Ah! A nossa cognição pira! Tirar o cérebro da zona de conforto e ter que exercitá-lo para assimilar novas alternativas, é um desafio e tanto.
     Em síntese o fator 'cognição social' age no modo como nos posicionamos no nosso mundo social enquanto protagonistas e coadjuvantes, bem como da forma como interpretamos o nosso comportamento e o dos outros, do modo como agimos na sociedade, formando e mudando atitudes e comportamentos.

Os passos
      A primeira parte da cognição social que atua no cidadão é a 'IMPRESSÃO', nessa fase contatamos uma ideia, impressão, imagem do acontecido: “O ônibus está atrasado, esses motoristas são uns irresponsáveis com o horário, será que ele passará a tempo?”. Posteriormente, a “CATEGORIZAÇÃO”. Nessa etapa começamos a organizar os pensamentos e concretizar os fatos para definirmos nossas ações: “Bem, as coisas estavam instáveis. Talvez o ônibus não passe. Quais são minhas alternativas para chegar no trabalho se não for de ônibus?”, e existem três fatores que nos auxiliam nessa etapa sendo elas a motivação, a atenção e as informações que possuímos. E por último a ATITUDE: “Bem, o ônibus não vai passar, preciso fazer algo, vou chamar um táxi ou ligar avisando que não vou”.
     Ou seja, a primeira impressão, aquela que temos “automaticamente” em que nosso cérebro preenche as lacunas sem esforço nem sempre são as corretas. Deve-se as vezes parar e analisar os fatos para enquadrá-los na realidade em que estão. Mas algo nesses fatos não se deve passar despercebido, o tráfego de informação. O primeiro cidadão que logo cedo percebeu que não tinha a condução habitual com um simples “publicar” do celular, transfere sua angustia para seus seguidores. Esses, por sua vez, atentam-se e já compartilham a informação e o famoso efeito cascata acontece e o efeito '‘mundo pequeno’' mostra a sua cara com toda a sua intensidade. O fluxo de informações nas mídias atuais é constante e quase que imediata, na maioria das vezes os telejornais soam repetitivos, aliás, a informação noticiada já fora divulgada e compartilhada horas antes por todos os seus telespectadores. É amigo, o mundo é pequeno e a sociedade um caos.

A questão da poluição ambiental


      Muito questionada nos dias de hoje, o problema da poluição ambiental é muitas vezes atribuído a grande quantidade de veículos rodando diariamente em todo o planeta. Associado a isso, é praticamente um consenso que a poluição emitida por veículos automotores é a grande responsável por gerar problemas respiratórios e circulatórios que podem levar até mesmo a morte. Esse pensamento, que pode ser considerado uma espécie de inteligência social, uma vez que é aceito por toda a sociedade como sendo verdadeiro, pode não ser tão real quanto parece.

O questionamento

     Em 2012 os autores Mateus Habberman e Nelson Gouveia publicaram uma pesquisa onde relacionam a mortalidade de homens adultos por doenças do aparelho circulatório com a poluição gerada devido ao tráfego veicular.
 Essa pesquisa, cujo artigo pode ser encontrado no seguinte link: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v46n1/3358.pdf, trouxe resultados impressionantes e contrários ao pensamento dominante na sociedade.
    Na realidade, a pesquisa demonstrou que a relação entre a mortalidade por doenças no aparelho circulatório estaria pouquíssimo relacionada com a densidade de volume de tráfego, ou seja, esse tipo de mortalidade estaria pouco relacionada com a poluição ambiental, ao contrário do que a sociedade enfatiza.
    A partir desse resultado gostaria de questioná-los, será mesmo que todas as informações que se espalham rapidamente e facilmente com um pequeno número de intermediários entre todos, assim como previa Stanley Milgran, são realmente verdadeiras? Ou tratam-se apenas de afirmações que por serem aceitas pela maioria acabam se tornando parte integrante da sociadade?

Referencias:
Marcilio l, Gouveia N. Quantifying the impact of air
pollution on the urban population of Brazil.Cad Saude
Pulica.2007;23(Suppl4):S529-36

MILGRAM, S. The small word problem. Psychology. Today 2, 60-67

WATTS, Duncan J. Small Worlds: the dynamics of networks between order and randonmness. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1999.



Agregando valores- A evolução dos transportes

     
        Nas últimas décadas, houve um grande aumento na quantidade de veículos no mundo. Em 1950, havia cerca de 70 milhões de veículos. Até o ano de 1994, foi constatada que, a quantidade de veículos passou para 630 milhões, nove vezes a quantidade estimada em 1950. Desde 1970 a quantidade de veículos tem aumentando em 16 milhões ao ano. Nesse ritmo, estima-se que até o ano de 2025 haverá mais de um bilhão de veículos.
      A infra-estrutura das vias urbanas não pode acompanhar o ritmo de aumento de veículos, o resultado é o aumento do tráfego de veículos nas vias, dificultando o seu fluxo e afetando diretamente os transportes públicos. Segundo alguns autores o maior causador de atrasos dos transportes públicos é o congestionamento, seguido de acidentes automotivos, roubos, alagamentos e outros tipos de incidentes. Devido a esses atrasos e à falta de informações relacionadas a eles, muitas pessoas deixam de utilizar o transporte público como meio de locomoção, procurando outros meios, sendo o mais provável o transporte particular. Aumenta-se, então, o número de veículos circulando em vias urbanas, dificultando o fluxo, principalmente nos centros das grandes cidades e em horários com maiores fluxos, a chamada “Hora do Rush”.

Transito X Inteligencia Coletiva e Cognição Social
   A inteligência coletiva juntamente com os novos meios de circulação midiática vêm inovando e transformando esses problemas em desafios, utilizando-se o que se chama de ITS (Intelligent Transportation Systems – em  português, Sistemas de Transporte Inteligente), criando novos aplicativos que informem ao público em geral a situação do trânsito urbano e dos transportes públicos vigentes. Um exemplo dessa cognição aplicada ao cotidiano do cidadão é o caso do Waze e do ‘One Bus Away’, esse último informa aos seus usuários os horários de  chegada, em tempo real, de cada veículo do transporte público em seus respectivos pontos em Washington, nos Estados Unidos, informando-os se há atraso ou não, além de fornecer os horários estimados de chegada de cada veículo. Há também informações estáticas como tabelas de horários de determinadas linhas.

Referencias:

VERA, Luís Alberto Noriega ; WAISMAN, J. . Estudo do Comportamento dos Usuários de Automóveis sob a Ótica de Diferentes Enfoques: In: XIII Congresso Panamericano de Engenharia de Tráfego e Transportes, 2004, Albany, New York. XIII Congresso Panamericano de Engenharia de Tráfego e Transportes. Albany, New York, 2004

VERA, Luís Alberto Noriega ; WAISMAN, J. . Relevant aspects of automobile users behaviour: a study under the sustainable consumption process concept in the transport sector. In: 4th. International Conference on Urban Regeneration and Sustainability, 2006, Tallin. 4th. International Conference on Urban Regeneration and Sustainability. Tallin, 2006. p. 579-588.


VESPUCCI, K. M. ; WAISMAN, J. . Clube de Transportes: A Sociedade se Organiza. In: XIII Congresso de Ensino e Pesquisa em Transportes, 2000, Gramado, 2000.

Multas na cidade de São Paulo em 2012

Em 2012, a quantidade de multas na cidade de São Paulo alcançou a marca de 9,9 milhões, o correspondente a R$ 799 milhões durante o ano ou R$ 1,5 mil por minuto. Em relação a anos anteriores, houve um aumento considerável, sendo 4,6 milhões em 2008, 5,2 milhões em 2011 e em 2013 chegou a 10,1 milhões (correspondente a R$ 828,3 milhões). Segundo a própria CET, fornecedora dos dados, esse aumento se deve à melhora nos equipamentos de fiscalização e o ampliação da mesma. Logo, podemos concluir que essa tendência tende a permanecer, elevando mais ainda esses valores.
Segue abaixo uma tabela e seu respectivo gráfico com a divisão aproximada das multas durante o ano de 2012:




Fonte:
CET: http://www.cetsp.com.br/